18 de outubro de 2018

OBESIDADE: O DESAFIO DESTE SÉCULO.

Dr. Medrano (Daniel Medrano) – CRM 43772 Especialista em Cirurgia Geral, Bariátrica e Metabólica. Especialista em Cirurgia Minimamente Invasiva Cirurgião Bariátrico do PLAMHUV, da Casa de Saúde - Hospital São Sebastião de Viçosa e do Hospital Nossa Senhora das Dores, de Ponte Nova. Professor de Clínica Cirúrgica da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga - FADIP de Ponte Nova Missionário na Primeira Igreja Batista em Guaraciaba

OBESIDADE: O DESAFIO DESTE SÉCULO.

Atualmente estamos nos deparando com uma população cada vez mais obesa. Dados alarmantes publicados pelas principais agências de saúde vem nos alertando sobre os riscos da obesidade.

Mas como posso definir se uma pessoa é obesa ou não? Quais os critérios utilizados? Com base na definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa é considerada obesa quando possui “um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal, que pode atingir graus capazes de afetar a saúde”.

O que chama a atenção são os dados inéditos do Ministério da Saúde divulgados pelo jornal "O Estado de S. Paulo”, em publicação de 18/06/2018, “Obesidade atinge um em cada cinco adultos no Brasil e dobra entre jovens - A pesquisa do Ministério da Saúde mostra que 18,9% da população acima de 18 anos das capitais brasileiras é obesa”. A pesquisa mostrou um aumento exponencial na ultima década. Atualmente se observa um processo de estabilização destes números, no entanto os índices permanecem alarmantes.

Uma pesquisa publicada pelo “Jornal da USP”, em 03/05/2018, divulgou outro fator assustador a respeito da obesidade. Segundo o estudo, “Quatorze tipos de câncer estão associados à obesidade - O risco fica aumentado para vários tipos de câncer, entre eles o de mama, em mulheres, e o de próstata, em homens”. Essa pesquisa inédita, realizada no Brasil, confirmou que a obesidade e o excesso de peso estão associados ao aumento do risco de vários tipos de cânceres: o de mama na pós-menopausa, o de cólon e reto, de útero, da vesícula biliar, do rim, fígado, ovário, próstata, mieloma múltiplo (células plasmáticas da medula óssea), esôfago, pâncreas, estômago e tireoide. A pesquisa foi feita pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em parceria com a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, e com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Hoje temos uma população cada vez mais informada e em uma relação inversa com atividade física. São pessoas sedentárias e com uma alimentação pouco saudável, o que leva a um círculo vicioso que acaba tornando-as cada vez mais obesas. Com a evolução da medicina contamos com um arsenal de tratamentos para a obesidade. O que mais chama atenção é a consolidação da cirurgia bariátrica para controle, em longo prazo, da obesidade. Todavia, é importante ressaltar que a cirurgia bariátrica faz parte de um tratamento complexo, que não consiste, única e exclusivamente, no procedimento cirúrgico em si, como muitos pensam. O paciente que se submete a cirurgia tem que realizar acompanhamento com uma equipe multiprofissional, ou seja, consulta de rotina com nutricionista, psicóloga, endocrinologista e o cirurgião bariátrico, além de se adaptar a um novo estilo de vida, com hábitos saudáveis, para manter o êxito da cirurgia.

O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias bariátricas pelos planos de saúde no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Cabe destacar que em ambos os países as cirurgias bariátricas são realizadas com paridade de tecnologia e habilidade cirúrgica. A cidade de Viçosa vem nesta mesma linha de modernidade. O Hospital São Sebastião, através de investimentos em tecnologia, profissionais capacitados e materiais cirúrgicos de alta qualidade, vem se igualando aos principais centros brasileiros.

Em vista de tantos riscos, não resta dúvidas de que devemos combater a obesidade. E a melhor forma de vencer esse desafio é através de uma alimentação saudável, associada com a prática regular de exercícios físicos e com o acompanhamento de um médico de confiança.

“Que Deus abençoe sua saúde.”

Fonte: Ministério de saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Estado de Sao Paulo, Jornal da USP.



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